domingo, 11 de outubro de 2015

11° Sessão

Local: Floresta de Gulthmere
Data: Mirtul 1372 CV
Jogaram: Jorge (Allucard), Felipe (Súlivan [Ernandes faltou no dia]), Dan (Martin).

A besta amaldiçoada
Nas coisas deixadas para trás por Azner, encontraram alguns tesouros, mas Allucard encontrou um medalhão de ouro com inscrições ininteligíveis, guardou no bolso como que fizesse com qualquer coisa. Conversaram alguns assuntos com Maldris e foram conversar com Riven e todos, principalmente Martin, ficaram mais maravilhados com todas as suas palavras de sabedoria profunda. Riven contou que ainda havia esperança, que havia um homem que poderia unir as tribos bárbaras sob o seu domínio, aquele que tem o sangue do próprio Nobanion vindo de seus ancestrais:

Quando as kobolds começaram a guerrear, seu pai, o líder inconteste, foi morto e seu filho, um jovem de 15 anos jurou se vingar, depois que os bárbaros foram escorraçados para o oeste, ele foi sozinho se vingar do líder da tribo do sul dos mãos escarlata, um homem que se vestia de negro com armaduras de metal escuro retorcido, ele passou facilmente pelos kobolds, mas chegando no quarto do homem, ele lhe mandou um encantamento e então uma maldição. O líder bárbaro saiu de si e foi viver longe de tudo e todos, matando qualquer coisa que se aproximasse, mas uma coisa poderia lhe libertar: depois que fosse derrotado e morto, deveria-se pôr uma mexa de juba de um leão vivo em sua boca, aí seu sangue se ligaria ao do leão, que se ligaria a Nobanion que se ligaria a ele, um círculo que destruiria toda a maldade. Mas era uma missão extremamente difícil: ele era poderoso e retorcido pela maldade, armas normais não lhe faziam efeito, mas Maldris tinha um truque na manga: ele tinha feito dois líquidos para serem despejados nas suas armas, faria efeito por trinta segundos, se dividisse entre armas, o tempo também seria dividido.

O grupo aceitou, disse aos bárbaros que iriam pegar aliados e foram. No caminho Allucard se lembrou de sua época no navio de seu irmão e houve um flashback:

foram na surdina atacar um navio mercante que receberam de "aliados" que teria muitos tesouros, mas se aproximaram e só viram exércitos de Impiltur, entraram em combate, mas no meio um outro navio do exército flanqueou os piratas, eles saíram do flanque debilitados e invadiram o primeiro navio enquanto eles invadiam o seu, dominando-o. Na batalha o capitão do primeiro navio lutou contra Allucard, lhe ferindo muito, mas foi ferido também, o segundo navio se aproximou para invadir, um pirata terminou de matar o capitão do 1° barco, mas na linha de visão do 2°, o capitou gritou para Allucard: "você matou meu irmão!".

Na selva, viram um corvo atroz que fugiu para o sul, foi atingido por uma flecha mas não parou. Depois de horas andando Allucard ouviu em sua mente palavras malignas falando numa língua estranha que ele entendia "venha para mim, venha para mim", Martin do nada sentiu muita maldade naquele local. No começo da tarde, chegando no local onde tinham visto o leão rugir em cima da pedra enquanto estavam com os bárbaros, lá Súlivan levitou, tentou pegar a mexa, mas não conseguiu. O leão foi pra cima do grupo, Allucard foi ferido, mas não feriu o leão, apenas arrancou uma mexa, Martin deixou o leão cego e fugiram, Súlivan pôs sangue seu nas árvores para atrapalhar o faro do leão.

Andaram muito e no fundo da noite, Martin seguiu as estrelas que Maldris mandou-lhe seguir para encontrar o líder bárbaro, ou, melhor, a criatura amaldiçoada. Lá chegando viram um homem em cima de uma pedra uivar para a lua e se transformar num lobisomem... Ele era extremamente rápido, desenrolou-se um combate, foi muito ferido por Allucard e Súlivan que colocaram o líquido nas armas. Allucard fincou suas duas espadas no bicho, uma no pescoço e outra na barriga, mas também foi muito ferido pelas garras, pela mordida e pelo ácido que lhe fazia queimar de dentro pra fora expelido pela saliva do bicho. Três raios flamejantes dados por Martin feriram muito o ser, mas ele derrubou Allucard inconsciente, derrubou Súlivan mas foi tombado por Martin, no entanto, embora devesse estar morto algo estranho aconteceu: ele começou a ser curado pela lua, Martin estremeceu, mas ele tinha um truque na manga: a energia do toque macabro lhe tombaria novamente e lhe impediria de ser curado, mas para fazer um efeito mais poderoso que a lua, ele deveria tocar na cabeça do animal e exorcizar a maldição ele mesmo, começou a fazer, fazendo o bicho sofrera ajoelhado, o bicho mordeu sua mão mas não interrompeu sua concentração embora quase lhe tombasse, o bicho parou de ser curado, tombou morto e Martin colocou a mexa em sua boca, ele se tremeu muito, muito, mas no fim a figura horrenda e grotesca começou a dar lugar à beleza de um jovem bárbaro que se levantou e quando Martin abriu os olhos ainda em transe, viu a imagem turva de um grandíssimo leão atrás dele.

Conversaram, descansaram, Martin cuidou de todos e de manhã estavam melhor. Conversaram e o jovem de nome Nameio afirmou que devia sua vida ao trio, principalmente a Martin e foi facilmente convencido a ir falar com Riven. Chegando na tribo quase nu, vestiram ele com um manto de mago vermelho deixado por Azner.

Ele conversou com o trio de heróis, Maldris e Riven mas ainda tinha a mente nublada e a vergonha por não poder vingar seu pai lhe fazia temer ir atrás das tribos para unificá-las como eram antes, mas depois de palavras emocionadas do grupo, palavras duras de Maldris e da poderosa sabedoria e falas profundas de Riven, ele foi convencido. Ele partiu junto do trio de heróis.

Passaram três dias e com pouca dificuldade as quatro tribos se uniram a sua demanda, pois sedentos de sangue e inspirados pelas palavras daquele que tem o sangue do próprio deus-Leão, poderiam não vencer mas ainda assim vingar-se e fazer os mãos escarlata sofrerem. Cem bárbaros lhes seguiam e agora poderiam ter chance. No entanto, nos três dias andando na selva, Allucard continuava ouvindo esporadicamente mas cada vez mais as palavras malignas em sua mente e no último dia entendeu que vinha do medalhão pego de Azner.

Chegando na encosta da caverna de Riven os bárbaros fizeram seu acampamento improvisado e começaram a se preparar para a guerra.

No entanto, enquanto todos dormiam, a mente de Allucard estava perturbada, ele teve sonhos de como se fazer um ritual para conseguir poder, para conseguir poder, para conseguir poder; as palavras se repetiam em sua mente. Ele começou a ser tentado a acessar o poder do medalhão, foi-lhe mostrada a face de seu antigo inimigo Hissttar e como seria fácil derrotá-lo se Allucard tivesse mais poder. Foi-lhe mostrado o grande navio do ex-capitão de Impiltur, agora corsário, que viu seu irmão morrer e jurou se vingar de Allucard, que tinha que ter mais poder para se defender. E, por fim, foram-lhe mostradas as face de Walder, a de Larthok, a de Kandir e a de Vorthack; Allucard precisava de mais poder para se vingar! Mas para isso ele deveria fazer um ritual sexual e de sangue: numa lagoa à luz da lua, enquanto estivesse fazendo sexo com uma mulher, quando ejaculasse, deveria cortar a garganta da mulher e assim entraria em contato com o poder.

Allucard acordou, pensou um pouco, mas no fim foi furtivamente no acampamento, acordou uma das bárbaras mais feias, sem marido, com seu olhar sedutor e enganador lhe convenceu a lhe acompanhar. Depois de 1km andando, entraram num pequeno lago e se emaranharam em sexo, enquanto ela estava de quatro, Allucard lhe afogou, ejaculou, cortou a garganta dela e perdeu a consciência. Para ele, eras tinham se passado na escuridão, então ele começou a sonhar que entrava num grande castelo, o sonho era muito turvo e ele não entendia nada direito, andava pelo castelo bonito e quente e sufocante, se deparou com um grande espelho negro, mas não se viu no reflexo das coisas, ele entrou no espelho e lá dentro havia uma mesa redonda com muitas comidas nojentas, como orelhas e ovos humanos, unhas, dentes e pulmões, na mesa estava sentado um homem de robes e capuz negros com detalhes nas bordas de vermelho, o homem tinha as unhas das mãos pintadas de vermelho, não dava para ver seu rosto, tudo era muito turvo. Allucard se sentou, foi-lhe oferecido aquele banquete nojento e ele comeu, foi-lhe oferecida a desgraça e ele aceitou, como um porco comeu tudo o que foi-lhe oferecido e que deveria ter recusado.

Ele começou a conversar com o homem, e extremamente educado o homem de negros lhe perguntou o que ele queria e Allucard primeiro pediu ouro, mas o homem disse que isso ele teria, depois pediu coragem, mas no fim preferiu outra coisa: queria força para derrotar seus inimigos, se proteger e se vingar. O homem disse que ele teria isso se aceitasse que num futuro ele cumprisse um desejo seu ainda a ver. Allucard aceitou. Cortou a mão, fez um pacto de sangue e acordou no raso lago com a mulher morta a seu lado. Ele a deixou lá, procurou corpos de kobolds da batalha ganha, simulou um combate, se limpou e voltou furtivamente pro acampamento, claramente com mais força em seus braços.

Acordou no outro dia com uma comoção fora das cabanas, encontraram a moça, os bárbaros ficaram tristes e lhe cremaram como seu costume, mas enquanto o fogo a consumia ela começou a inchar, principalmente a barriga, e um grito horrível ouviu-se: ela começou a parir algo maligno, um ser vermelho, com asas e chifres saiu voando, olhou para todos que estavam embasbacados (menos Martin que tomava anotações de sua fisionomia), mas olhou mais profundamente para Allucard e todos perceberam isso, começaram a atacar o bicho horrendo e ele fugiu voando para o sul.

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